A matemática é assim ...

"Sempre me pareceu estranho que todos aqueles que estudam
seriamente esta ciência acabam tomados de uma espécie de paixão pela mesma. Em verdade, o que proporciona o máximo prazer não é o conhecimento e sim a aprendizagem, não e a posse mas a aquisição, não e a presença, mas o ato de atingir a meta". (GAUSS, CARL FRIEDERICH)

domingo, 17 de maio de 2009

video: Música aula de matemática

aula de matemática é uma composição de Tom jobim





eu gostei muito

sábado, 16 de maio de 2009

Matemática por Atividade

Ensino de Matemática por meio de atividades

Elementos Essenciais na Elaboração de uma Atividade de Ensino

Mario Oliveira Thomaz Neto1

O professor ao planejar a sua prática pedagógica pode prever os objetivos de aprendizagem, o método de ensino, os conteúdos e conceitos matemáticos a serem trabalhados em sala de aula. Com base na escolha dos conteúdos a serem trabalhados, o professor organizará seus procedimentos de ensino de forma que melhor se ajustem aos objetivos de aprendizagem propostos.

Os procedimentos de ensino estao relacionados as diversas maneiras de intervenção pedagógica. O processo ensino e aprendizagem deve acontecer de maneira dinâmica, nesse caso se concretizará na medida em que o aluno for envolvido em atividades de ensino que lhe possibite a aquisição de conhecimento matemático. Então, os procedimentos de ensino adotados devem incluir atividades que propiciem a aprendizagem de forma dinâmica.

A elaboração de atividades que compõem um planejamento de ensino requer elementos essenciais que envolvem:

* Título – nomear a atividade de forma breve e consoante ao conteúdo a ser explorado;
* Objetivo – descrever a finalidade a que se propõe o estudo do conteúdo explorado. O objetivo é sempre indicado pelo uso de verbo no infinitivo, com terminações em ar, er, ir, or;
* Materiais – listar os recursos materiais necessários para o desenvolvimento da atividade;
* Procedimentos metodológicos – explicar a maneira como será desenvolvida a atividade. É fundamental que as ações possam estar sendo detalhadas para um bom entendimento dos procedimentos utilizados;
* Conteúdos - indicar os conhecimentos matemáticos que serão mobilizados durante o desenvolvimento da atividade.

1Professor Assistente do Departamento de Matemática, Estatística e Informática da Universidade do Estado do Pará - UEPA

História da Matemática

Uma breve viagem a História da Matemática

terça-feira, 12 de maio de 2009

A inclusão dos jovens e adultos na atual sociedade do conhecimento

O novo cenário da educação se abre no século XXI com novas perspectivas para o profissional que se insere no mercado de trabalho, sob diversas abrangências, como nos mostra a própria sociedade, que vive um momento particular de discussões sobre globalização, neoliberalismo, terceiro setor, educação on-line, enfim, uma nova estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados e preparados para atuarem neste cenário competitivo.

“[...] O século XXI já começa mais documentado do que qualquer um dos anteriores, mas também é mais incerto para grande parte da humanidade do século XX. Embora a incerteza faça parte intrínseca do tempo no qual vivemos, embora seja parte do presente, há sociedades e povos inteiros que não estão preparados para enfrentá-la. Não há nada seguro sob o sol: encontramo-nos diante de uma nova forma de ver o tempo, o poder, o trabalho, a comunicação, a relação entre as pessoas, a informação, as instituições, a velhice, a solidariedade.” (IMBERNÓN, 2000,P.19).

Diante da atual realidade em que se encontra a sociedade, a educação tem se transformado no ponto de origem para enfrentar os desafios que se articulam dentro dela e em todos os seus segmentos, desafios gerados pela globalização e pelo avanço tecnológico na atualidade: a inovadora e desafiadora era da informação, da comunicação ou ainda a era do conhecimento. Mais recentemente se acrescentou a designação “sociedade da aprendizagem”.
A educação é ou deveria ser o foco primordial para transformar a situação de miséria, tanto intelectual quanto econômica, política e social do povo, promovendo acesso à sociedade aqueles que são vistos como excluídos e possibilitando assim a transformação dessa sociedade numa mais justa e igualitária.
É preciso tomar cuidado para que nossos alunos da EJA não sejam novamente excluídos do sistema escolar e, como conseqüência, da sociedade da informação. Trabalhar o espírito crítico e as competências, o que inclui o hábito de se questionar perante o que lhe é oferecido, são passos importantíssimos.
Para sobreviver nessa sociedade, não podemos aceitar que, depois de todas essas mudanças, a educação continue a mesma. A sociedade atual exige que a escola, o professor e o aluno desenvolvam uma aprendizagem colaborativa e cooperativa e, acima de tudo, significativa com e para os alunos, que possibilite autonomia e independência nos processos individuais.
Nesta era da informação e da comunicação, para muitos também a era do conhecimento, a escola não detém o monopólio do saber. O professor não é o único transmissor do saber; ele tem de aceitar situar-se nas suas novas circunstâncias que, por sinal, são bem mais exigentes de que em algumas décadas anteriores.
O aluno também já não é mais o receptáculo vazio a deixar–se rechear de conteúdos pelo professor. O seu papel impõe-lhe exigências acrescidas. Ele tem de aprender a gerir e a relacionar informações para transformar no seu conhecimento e no seu saber. Também a escola tem de ser uma outra escola. A escola, como organização, tem de ser um sistema aberto sobre si mesmo e à comunidade em que se insere (ALARCÂO, 2003).
As transformações decorrentes da apropriação da tecnologia passam a ser culturais na medida em que novos hábitos e valores são construídos, indicando que, na era da informação, a simples reprodução está sendo substituída pela criação, o objetivo pelo processo, a competição pela colaboração, a linearidade pela interatividade. É chegado o momento da criatividade atravessar todas as esferas do conhecimento humano.
Portanto, no âmbito da educação, as transformações tornam-se necessárias e urgentes; o acesso ilimitado às informações tem gerado novos processos de comunicação, linguagem e cognição.
Preocupados com as conseqüências sociais advindas da expansão da era da informação para os menos favorecidos que propomos uma aprendizagem significativa no ensino da matemática. Os adultos que foram excluídos da escola - que é o foco desta pesquisa - para cedo começarem a trabalhar, agora retornam na busca de melhores oportunidades, tanto no âmbito do trabalho quanto de inserção na sociedade. Para isso, é preciso refletir em como deve ser a escola, o professor e o aluno na atual sociedade da aprendizagem.
Alarcão (2003) citando Tavares (1996) descreve como devem ser os alunos na sociedade da aprendizagem.

[...]Numa “sociedade que aprende e se desenvolve”, ser aluno é ser aprendente em constante interação com as oportunidades que o mundo lhe oferece. Mais do que isso: é aprender a ser aprendente ao longo da vida. O aluno tem de assumir como um ser (mente num corpo com alma) que observa o mundo e se observa, se questiona, e procura atribuir sentido aos objetos, aos acontecimentos e às interações. Tem de se convencer de que tem de ir à procura do saber. Busca ajuda nos livros, nas discussões, nas conversas, no pensamento, no professor. Confia no professor a quem a sociedade entrega a missão de o orientar nessa caminhada. Mas é ele que tem de descobrir o prazer de ser uma mente ativa e não meramente receptiva. (p. 26)

Segundo Alarcão, temos hoje no sistema educacional um modelo baseado em uma abordagem pedagógica, de caráter construtivista, sócio-cultural. Hoje é preciso que a aprendizagem esteja voltada para compreender e refletir criticamente sobre o mundo em que estamos imersos.
Sendo assim, Alarcão (2003) citando Alarcão e Tavares (1995) descreve como deve ser a aprendizagem em uma sociedade do conhecimento.

[...] As aprendizagens na sociedade emergente terão de se desenvolver de uma forma mais ativa, responsável e experienciada ou experiencial, as quais façam apelo a atitudes mais autônomas, dialogantes e colaborativas em uma dinâmica de investigação, de descoberta e de construção de saberes alicerçados em projetos de reflexão e pesquisa, baseado em uma idéia de cultura transversal que venha ao encontro da interseção de saberes, dos conhecimentos, da ação e da vida. É preciso valorizar a criação de ambientes estimulantes para aprendizagem e incentivar o desenvolvimento da criatividade, da inovação e da sua divulgação. Deverá destacar-se a explicitação de uma dinâmica espiralada entre reflexibilidade e autonomia que deverá animar a ação educativa. (p. 27)

A Educação não poderia e nem deveria fugir das atuais mudanças provocadas pela nova era do conhecimento, mesmo por que essas mudanças também afetaram e afetam o mundo do trabalho. Como sabemos, a escola é o lugar onde se formam ou deveriam se formar cidadãos para atuarem e permanecerem na sociedade trabalhista. Sendo assim, precisamos saber como devem ser esses alunos e quais as características que esse aprendiz deve ter ao sair da escola.
Não podemos negar que estamos vivendo na era da informação e, como é comum a toda transformação, temos que nos adaptar às suas demandas. A era da informação está causando incertezas para o futuro de muitos profissionais, sobretudo daqueles que tem poucas chances de adaptação ao novo cenário, ocasionando uma constante ameaça de desemprego.
Todas essas mudanças no mundo do trabalho são conseqüências da atual era da informação que o homem vem presenciando, cujos avanços tecnológicos vêm provocando profundas transformações de valores sociais e culturais.
As causas desses avanços proporcionaram uma grande mudança no perfil dos profissionais; o mercado de trabalho tornou-se mais exigente e seletivo, impondo como requisito para o trabalhador uma visão globalizada, criatividade, análise crítica, capacidade de transferência de conhecimento e relacionamento cooperativo. A ausência de habilidades como a de resolver problemas, tomar decisões, interpretar informações, adaptar-se às mudanças do processo produtivo dificulta a inclusão e/ou a permanência de pessoas no mercado formal de trabalho.
As transformações ocasionadas pelo impacto da globalização da economia e da tecnologia pressionam para uma formação diferenciada do trabalhador, exigindo mudanças no sistema de ensino. O que preocupa são os efeitos dessa globalização, que, junto com todas as mudanças sociais e econômicas, proporcionam crescimento das desigualdades e das injustiças sociais à medida que grande parte da população é duplamente excluída.
Hoje quem não tem ou não teve acesso à escola é conseqüentemente abolido do mercado de trabalho; as portas são fechadas para esse “profissional”.Esses aspectos vêm fomentando discussões e reflexões em torno da Educação de Jovens e Adultos, suscitando mudanças na forma de se pensar os processos de ensino e aprendizagem.
O ensino-aprendizagem na EJA não pode e nem deve se restringir apenas a conteúdos sem significado. É preciso que metodologias e/ou estratégias de ensino sejam utilizadas com objetivo de garantir a inclusão ou a permanência desses adultos no mercado de trabalho. Esses fatores fazem lembrar a “Declaração de Hamburgo”, que concebe a formação de adultos como processo de aprendizagem formal ou informal, pelo qual as pessoas ampliam as “suas habilidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, direcionando-as para a satisfação de suas necessidades e as de sua sociedade”. (CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A EDUCAÇÃO DE ADULTOS, 1999, p. 19, grifos nossos).
Na perspectiva de uma educação para toda a vida, Melo (2004) nos diz que

[...] A escola deverá mover-se em sintonia com os quatros pilares da educação para o século XXI, de modo a permitir aos seus educandos o desenvolvimento das habilidades de “aprender a conhecer”, “aprender a fazer”, “aprender a ser”, “aprender a conviver”, as quais lhes possibilitarão o exercício de suas potencialidades cognitivas, afetivas, identitárias e coletivas. Assim, é concebido às pessoas, em qualquer momento de suas vidas, e nos seus mais diversos espaços de atuação, o direito de aprender, ampliar e transformar seus conhecimentos, habilidades, competências e valores (p. 12).

Preocupada com esse novo cenário da educação de jovens e adultos e do mercado formal de trabalho, vejo a importância de uma aprendizagem significativa no ensino de matemática.